Missão com o próximo - A luta de Lúcio com a comunidade negra de Boa Sorte.


Quando tudo começou - Lúcio e as crianças da comunidade Boa Sorte na pequena e precária escola fundada por ele em 1982...
 
Remanescentes de escravos fugidos e alforriados, a comunidade de Boa Sorte esteve, por quase um século, esquecida pelo mundo civilizado. Falando português e dialeto de origem africana, os moradores de Boa Sorte eram arredios e desconfiados dos homens brancos quando Lúcio comprou o Sítio em Furnas.
Preocupado com o destino daquele povo humilde, Lúcio propôs-se a formar ali uma escola. Pediu auxílio ao Prefeito de Corguinho e o que conseguiu foi meio salário mínimo e a necessidade de andar por 40 Km carregando livros e cadernos.
O prédio da escola por quase seis anos foi uma choupana de palha coberta por lona preta doada por fazendeiros da região, mas a persistência do professor Lúcio modificou a vida de Boa Sorte.
Sua luta comoveu as autoridades e com o auxílio da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), USP e Universidade de Boston, iniciou um projeto Piloto que transformou a pequena choupana de palha em uma escola rural de primeiro mundo, sendo a primeira a receber um projeto piloto de energia solar, antena parabólica, vídeo, TV, e outros equipamentos necessários ao seu funcionamento.
Mas a luta de Lúcio não terminou com a construção do prédio da escola.
Iniciou também um trabalho de artesanato local em madeira e palha e o desenvolvimento do cultivo de culturas de subsistência com a implantação de uma horta comunitária.
Aberta a novas expectativas, hoje, a comunidade Boa Sorte conhece uma realidade diferente e sabe que é dona de seu destino.
Lúcio conta que os nove anos nos quais foi professor em Boa Sorte, foram os melhores e os mais gratificantes de sua vida.
...depois da implantação do Projeto Piloto, é uma escola rural de primeiro mundo.





O projeto de artesanato e horta comunitária mudou a vida da comunidade.
Tags:

Lúcio Valério Barbosa